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27 Novembro 2025

Projeto OET Durius avança com medidas de restauro ecológico para melhorar a qualidade de vida das comunidades

Projeto OET Durius avança com medidas de restauro ecológico para melhorar a qualidade de vida das comunidades

Fórum Internacional da Biodiversidade. Fotografia CIM-TTM.

O projeto OET Durius - Observatório Ecológico Transfronteiriço do Douro, através dos parceiros Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) e Palombar - Conservação da Natureza e do património Rural, vai avançar com a implementação de medidas piloto no terreno para promover o restauro ecológico, gerando benefícios para as comunidades locais e a conservação da natureza. O anúncio foi feito durante o Fórum Internacional da Biodiversidade organizado pela CIM-TTM no âmbito do projeto, no dia 25 de novembro, em Miranda do Douro.

As medidas serão implementadas em áreas de duas Zonas de Proteção Especial da Rede Natura 2000, Rios Sabor e Maçãs e Douro Internacional e Vale do Águeda, e em zonas periurbanas nos concelhos de Mogadouro e Miranda do Douro, como a área do rio Fresno e a Ribeira do Juncal. Em causa estão o restauro ecológico de galerias ripícolas, vegetação ribeirinha, instalação de infraestruturas verdes como caixas ninhos para aves, casas para insetos, abrigos para morcegos, entre outras. São medidas fundamentais não só para conservar a biodiversidade, como também para melhorar a qualidade de vida das comunidades locais, visto que contribuem para o controlo de insetos vetores de doenças e pragas, aumento de polinizadores essenciais para a atividade agrícola e qualidade da água.

No Fórum Internacional da Biodiversidade, foram apresentadas as linhas gerais do projeto OET Durius e os primeiros resultados alcançados e realizadas apresentações sobre temas estratégicos como “A Estratégia Radial Verde de Guimarães – Boas Práticas”, por Francisco Carvalho, do Laboratório de Paisagem de Guimarães; “Biodiversidade e conservação de ecossistemas aquáticos e ribeirinhos no Nordeste de Portugal - Que gestão e estratégia para o futuro?”, por Amílcar Teixeira, do Centro de Investigação de Montanha, em Bragança; “Observatório de Montesinho Dionísio-Gonçalves – Boas práticas”, a cargo de Maria Villa, responsável por este observatório, e “Modelo Territorial Ecológico”, por Graça Fonseca, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN).


Fórum Internacional da Biodiversidade. Fotografia CIM-TTM.


A preocupação com os desafios que a sociedade e a conservação da natureza enfrentam devido à crise climática e de perda de biodiversidade; aos eventos adversos como incêndios de grande escala, ondas de calor com longos períodos, tempestades e cheias; ao despovoamento, envelhecimento e desertificação do interior foi transversal a todos os intervenientes.

Do fórum e do debate que se fez, os especialistas e os parceiros do projeto OET Durius consideram que para fazer face a essas grandes questões socioeconómicas e ambientais atuais, é fulcral apostar num restauro ecológico que promova a conservação da biodiversidade, gerando benefícios efetivos para a sociedade.

É igualmente essencial desenvolver uma visão estratégica, multissetorial e de governança partilhada entre cidadãos, organizações e entidades públicas e privadas, de forma a potenciar os serviços de ecossistemas que a natureza proporciona a custo zero, e ao mesmo tempo compensar economicamente as atividades humanas e os agentes do território que atuam seguindo práticas que a conservam e protegem, com ganhos mútuos e partilhados.

Sobre o projeto

O projeto OET Durius tem como objetivo principal criar o Observatório Ecológico Transfronteiriço do Douro, com vista a restaurar, proteger e conservar os ecossistemas, a biodiversidade e a sua conectividade no corredor ecológico do rio Douro, com vista a melhorar a qualidade de vida e bem-estar das comunidades locais. Será implementado no período 2024-2027. É financiado em 75% pelo programa Interreg VI-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027 da União Europeia.

É implementado por um consórcio composto por oito entidades de Espanha e Portugal: Fundação Santa María la Real (entidade coordenadora), Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD), cluster Habitat Eficiente AEICE, Universidade de Salamanca, Câmara Municipal de Zamora, Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural, Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) e Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM).